Bem, a Holanda falhou.

Mas por incrível que pareça, não fiquei triste. A Espanha eliminou Portugal, é verdade. E isso deixou-me com um pó enorme a nuestros hermanos. Mas se era para ganhar alguém, não tenho pena que ganhassem eles.

E não, não é por poder dizer a grande bosta do : "ahaha só perdemos com os campeões", porque isso não tem sentido nenhum. Mas porque "La Roja" mereceu e tem um percurso exemplar neste mundial. Além de que se estreou como campeão, e isso é sempre de louvar. (Pena a Holanda que já foi à taça tres vezes e nunca conseguiu molhar o bico, mas paciência).

Além de que têm o romântico Casillas, que tirou o fôlego a qualquer jornalista com o beijo apaixonado à Carbonero.

Aparte disso, ainda estou eufórica com o Alive. E se querem que vos diga,
Não há banda como Pearl Jam nem vocalista como Eddie Vedder.
N-ã-o-h-á! Quer queiram quer não.

Hoje, o que tenho a dizer, é que a culpa de termos saído do Mundial foi do McDonalds. Andam a poupar no Ketchup e fazem um filme quando lá vamos pedir mais.

Portanto desanquem no Ronald e deixem lá o Ronaldo (o Cristiano, neste caso). É puto, é refilão, é calhau, é mimado e cheira-a-leite.

Epá, é tudo verdade.

Mas ainda mais verdade é que Portugal perdeu enquanto equipa e não foi só culpa do Cristiano, o facto de termos vindo embora de forma tão pouco gloriosa. Além de que não é novidade nenhuma o mau-feitio e mau-espectáculo dele pela selecção. Portanto deixemos de bater no ceguinho e deixemos de ser o povo casmurro que somos sempre para nos vangloriarmos de Eduardo e Coentrão que nos enchem de orgulho.

E por uma vez apenas, mostremos união nacional e descarreguemos a raiva nos cabrones que só marcam golos fora-de-jogo. (E que já agora vão levar coça da Argentina.)

Portugal - Brasil

Hoje fiquei com os nervos em franja.

Gostei da atitude cautelosa dos portugueses (para não dizer frouxa), principalmente na segunda parte - em que se mostraram mais confiantes e assustaram os brasileiros com uns quantos lances e verdadeiro jogo solidário e em equipa.

Não gostei da necessidade brusca dos brasileiros martelarem os portugueses, principalmente o problema do Felipe com o Pepe que nem sequer vou comentar.

Mais uma vez, digo, não esperava este espírito tão ruim dos brasileiros. Competição, sim. Parvoíce, não.

O jogo bonito ficou pelo caminho para dar lugar a um jogo deprimente e muito pouco amistoso, para países que se dizem irmãos.

O árbitro mexicano também era muito competente, fez uso dos cartões como nenhum outro. Muito inteligente sem dúvida.

O que valeu foi a segunda parte, em que as quinas despertaram e o árbitro adormeceu - senão nem sei se haveriam jogadores para jogar ainda antes do final do jogo com a data de expulsões que se previam, caso continuasse a onda repressora.

Posso até nem perceber nada de futebol, mas desculpem-me brasileiros, hoje fiquei-vos com um pó..

Amanhã passou.

Não esquecerei amanhã é o grande português que tem sido COENTRÃO e o excelente guarda-redes que EDUARDO é e tem sido.

Alguma coisa ainda me enche de orgulho.

Ainda assim, como diz o sábio mister, "entrámos de fato de macaco, mas saímos de smoking". Uns verdadeiros senhores.

Agora é esperar por ketchup e muitos bigmacmaclokobigmacs nos oitavos frente a Espanha.

Tenho Esperança.

Bebida preferida dos coreanos? Seven up. AHA.

Memorável.

José Saramago.

1922 - 2010

Por uns amado, por outros desprezado. Mas sempre tão inteligente.

"Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito de estufa, do tratamento do lixo às congestões do tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, esse não se discute."

(2002)

Entre serenata, queima, trabalhos e exaustão...
esqueci-me que tinha um blogue.

E por falar nisso, WOW. Que semana.

Detesto elevadores pequenos, detesto casas-de-banho grandes.

E hoje descobri que os seios de uma mulher não servem só para amamentar.